Resumo: | Caracteriza o período em análise pela imposição de um discurso médico assistencial privatista, assumido pelo Estado e institucionalizado. Assinala como conseqüência dessa hegemonia a expansão da estrutura hospitalar e do setor médico assalariado, este com forte orientação sindicalista, e a configuração de um novo modelo de ensino e ideologia médicas, destinado a atender potencialmente a toda a uma população. Desenha um cenário em que saber e práticas médicas são uniformizados, centralizados e concentrados, e analisa os programas e normas que considera mais representativos da conjuntura, inspirados em premissas do planejamento econômico. Define o período 1965/67 como o de introdução dos conceitos de racionalização e planejamento no campo da saúde, capitaneada pelo setor de atenção médica, em que ganha destaque o tema da formação de recursos humanos. Argumenta sobre as limitações do setor de saúde pública para implantar a nova racionalidade e a sua subordinação ao discurso assistencialista da atenção médica. Caracteriza o planejamento no campo da saúde, durante 1968-1974, em termos de unificação, centralização, concentração e extensão institucionais. Analisa o Plano Nacional de Saúde (PNS) de 1968, primeiro instrumento de âmbito nacional para a área, abordando os interesses que confluíram na sua composição; seu tom radicalmente privativista; a oposição a ele por parte do setor da saúde pública e das escolas, associações e sindicatos; as estratégias para sua operacionalização; e o contexto de seu fracasso. Indica, como frutos do PNS, os graves problemas da área de atenção médica previdenciária, que motivaram medidas reguladoras dos serviços e instituições médicas credenciados. Aponta os fatores que levaram a maioria dessas medidas ao insucesso. Aborda os elementos do cenário em que se consolida a medicina estatal privatista, entre 1972-74, seus efeitos nefastos sobre as condições de saúde da população e a criação de programas e órgãos setoriais como resposta à ...(AU)^ipt.
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